segunda-feira, 19 de abril de 2010

Os evangélicos ,os políticos e as eleições! I – Introdução

Essa será uma série de pequenos artigos falando sobre esse tema. Sem a pretensão de ser um tratado de sociologia da religião ou de política, apenas espero refletir sobre o tema e interagir com os leitores.

A cada ano eleitoral, percebemos uma agitação cada vez maior no meio cristão evangélico. Poucos são aqueles que permanecem à margem desse processo não se envolvendo de forma direta.
Contudo esse envolvimento é em parte pautado por interesses pontuais e não ideológicos.
Mesmo alguns parlamentares e candidatos (a minoria) estão filiados a partidos mais pela facilidade em se obter a legenda ou serem eleitos a reboque dos chamados “puxadores de votos” e votos de legenda do que por sua identificação com a ideologia do partido. Isso sem falar dos partidos de aluguel.
Quero dizer que, se dentro de muitos partidos a ideologia foi deixada em segundo plano o que se pode esperar do eleitor ou de determinado segmento.
No caso dos evangélicos não é muito diferente, vamos encontrar cristãos sinceros e que, de forma paralela, também militam politicamente, seja em partidos de esquerda, centro ou direita. Dentro desse universo existem ainda os que acham que isso não deve sequer ser nominado no seio da igreja e aqueles que querem tirar proveito dessa situação fazendo de sua comunidade um curral eleitoral. O voto de cabresto ainda existe, por incrível que pareça, talvez não tanto quanto alguns líderes tentam transmitir ao candidato, mas ainda existe sim, presente em determinados segmentos que detalharemos em outro momento.
Seja como for, não devemos subestimar o potencial de influência dos líderes, alguns mais outros menos.
Nesse último caso me preocupam as técnicas comumente utilizadas de deificação de um candidato e demonização de outro para convencer os fiéis mediante uma linguagem que lhes é familiar.
O crescimento expressivo dos evangélicos nas últimas décadas conforme dados do IBGE e da SEPAL, indicam um crescimento de 7,43% acima do vegetativo. Sem querer especular sobre quando essa população se tornará maioria, apenas quero chamar a atenção para o que ela representa em termos de eleitores. Estima-se hoje que o percentual de evangélicos esteja acima dos 25% da população Brasileira.
Se tomarmos como base 192.802.560 a estimativa de população do Brasil (popclock do IBGE 19/04/2010 as 11h50) temos 48.200.640 pessoas representando um segmento, isso é mais do que a população da África do Sul ou Argentina por exemplo.
Fica claro o “por que” de tanto esforço em se conquistar o voto evangélico.

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